terça-feira, 29 de outubro de 2013

Enriqueta para o dia de hoje!


 Ano passado, em uma exposição na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, intitulada "Macanudismoconheci o trabalho do argentino Liniers, e desde então sou apaixonada por seus quadrinhos que com muito bom humor consegue descomplicar as coisas de tal forma que fica impossível não compreender que a vida simplesmente deve ser vivida de maneira leve, mas para além do que se vê! Liniers consegue transformar situações cotidianas em arte e fantasia.

   Dos seus personagens, plenos de poesia e clareza, como os pinguins e os duendes, Olga, a menina Enriqueta, seu urso Madariaga e o gato Fellini, são meus preferidos. E como Enriqueta adora ler, ela se tornou perfeita para o dia de hoje (Dia Nacional do Livro): na tirinha escolhida ela mostra ao Fellini como é fácil estar em dois lugares ao mesmo tempo!






 ♥ Pratique Leituras! ♥


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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Comissão aprova temática de gênero no currículo da rede de ensino




   Promover debates e reflexões sobre a violência contra as mulheres e entre gêneros pode ser um bom instrumento para uma convivência harmoniosa entre alunos.

   Projeto de Lei (PL 7627/10) da deputada Janete Rocha Pietá, do PT de São Paulo, foi aprovado na quarta-feira (16) pela Comissão de Educação e torna obrigatória a inclusão da temática gênero e suas relações intra e interpessoais nos currículos escolares.

   O objetivo é incentivar o estudo e o diálogo sobre o tema gênero, promovendo uma mudança cultural em favor da igualdade entre os sexos.

   Na justifica do projeto, a deputada Janete Rocha Pietá esclarece que a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) não é suficiente para coibir a violência doméstica contra a mulher.

   Segundo o relator substituto, deputado Jean Wyllys, do PSOL do Rio de Janeiro, o projeto não trata de uma disciplina no currículo e, sim, da garantia, na lei, de que a temática seja abordada entre as disciplinas ministradas.

   "É importante porque o Brasil é um dos países campeões de feminicídio, de violência, de assassinato de mulheres e violência contra a mulher. Apesar da Lei Maria da Penha, o número ainda é muito grande de violência contra mulher e isso é uma questão cultural. Se a gente trabalha a equidade de gênero, se a gente explica para a comunidade escolar que homens e mulheres devem ser tratados de maneira igual e ter acesso igualitário aos direitos e à dignidade e que as escolhas e liberdade têm que ser respeitadas, a gente desconstrói essa cultura de violência contra a mulher."

   Para a professora de História, Identidade e Cidadania da Universidade de Brasília (UnB), Renizia Cristina Garcia Filice, o projeto se justifica, pois o Brasil enfrenta uma realidade de violência e preconceito contra as mulheres que precisa ser tratado.

   "À medida que a mulher vai avançando, também há uma resistência da maturidade ainda muito patriarcal, para que ela não ocupe determinados espaços. As pessoas têm dificuldade de administrar essas outras realidades que estão prementes na realidade brasileira. Então, falar de educação de gênero nas escolas é você já tratar com muita tranquilidade, de uma forma pedagógica, questões que são muito atuais."

   O projeto altera a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática gênero.


*Da Rádio Câmara, de Brasília, Lidyane Barros.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos Educadores e Educadoras...




 Hoje é Dia do Professor, aliás está sendo um dia bem incomum (ainda bem!), pois haverá protestos/manifestações em no mínimo quinze cidades do país reivindicando uma Educação de qualidade.

  Há o que se comemorar? Sim! Pois não me lembro de ter vivenciado um momento tão precioso como o que vivemos agora, especialmente no Rio de Janeiro, no que diz respeito às reflexões sobre a Educação em nosso país, sobre ser educador e sobre tudo o que envolve suas causas e consequências. Querendo ou não a Educação é o ponto de partida para tudo. O que queremos de fato para o nosso país? Da maneira que está não podemos permitir continuar.

   Como educadora do município do Rio de Janeiro (leia a postagem: "Entendendo o plano de carreira proposto pela Prefeitura do Rio de Janeiro") me sinto em dois extremos: por um lado triste, decepcionada com o tratamento, as atitudes/providencias dos governantes (Estado e Município) em relação as reivindicações dos profissionais de Educação e por outro lado feliz e esperançosa ao ver que os educadores se uniram e estão sabendo lutar por seus sonhos, por justiça, por uma Educação de qualidade e melhores condições de trabalho. E mesmo tendo o boicote da "grande mídia" há pessoas que buscam informações além das dadas pelas grandes emissoras de rádio e TV e jornais de maior circulação, compreendem e apoiam a luta dos Educadores.

    Inevitavelmente lembro dos contínuos ensinamentos do mestre Paulo Freire, afinal, "não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão" e logo penso nas trocas e transformações que acontecem em nosso cotidiano. Penso em meus professores e em meus alunos, penso em meus colegas de profissão, penso no que aprendi e no que posso ter ensinado, penso em meus desejos como aluna e professora... É preciso não só sonhar como fazer os sonhos se realizarem. E é por isso que deixo não só os meus parabéns mas principalmente meus sinceros agradecimentos a todos os educadores e educandos de nosso país que em suas lutas, diariamente, contribuem para que as esperanças não morram, contribuem para a crença em um futuro sem desigualdades, com mais respeito e solidariedade.

   Deixo aqui as palavras/reflexão do Professor e Deputado Estadual (PSOL/RJ) Marcelo Freixo, ditas hoje em homenagem aos professores brasileiros que estão em luta por uma Educação de qualidade. Que não percamos a esperança nunca!



"O professor não ensina através de sua educação bancária, depositando conteúdo na cabeça de alguém, como condenava Paulo Freire. Não! O educador ensina na sua prática."

Marcelo Freixo, em 15/10/2013

domingo, 13 de outubro de 2013

Entendendo o plano de carreira proposto pela Prefeitura do Rio de Janeiro

*Publicado (em 12 de outubro de 2013) no Blog Capitalismo em desencanto, por Juliana Lessa.

  Quando os professores da rede municipal entraram em greve no dia 8 de agosto, eles tinham uma extensa pauta de reivindicações, que incluía, por exemplo, a aplicação de 25% do orçamento municipal diretamente em educação (como manda a Constituição), a redução do número de alunos em sala de aula, a climatização das escolas (promessa de campanha de Eduardo Paes), a melhoria estrutural das escolas, a volta do 6º tempo de aula (para que os alunos tenham a mesma carga horária de escolas privadas ou da rede federal), o fim da política de meritocracia na rede pública, 1/3 da carga horária para planejamento e a elaboração de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) unificado para todos os profissionais da educação. Durante o mês de agosto, o SEPE (sindicado dos profissionais da educação) e os representantes do governo (Cláudia Costin, Pedro Paulo, Eduardo Paes) se reuniram diversas vezes para negociar. A cada negociação, foram assinadas atas de compromisso, que o Sindicato levou para a sua base, para que esta avaliasse as propostas do governo. Vale lembrar que essas propostas não pressupunham sua aplicação imediata, mas sim a abertura de discussão – por meio de Grupos de Trabalho (GT’s) – para que se chegasse a um calendário de efetivação das reivindicações da categoria.
Assembleia de Professores, em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro
Assembleia de Professores, em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro
  Com o aparente avanço nas negociações, a categoria decidiu retornar ao trabalho, no dia 10/09, dando um voto de confiança à gestão Paes/Costin. Nós trabalhamos do dia 11 ao dia 20 de Setembro, aguardando o avanço das reuniões dos GT’s e a elaboração do nosso PCCR. Durante esse período, os representantes do SEPE não foram convidados para discutir as diretrizes do plano. No dia 16/09, o prefeito Eduardo Paes apresentou, em um almoço fechado, sua proposta aos vereadores de sua base aliada, sem dar a chance para que os vereadores de oposição ou o Sindicato e a própria categoria tomassem conhecimento do conteúdo do plano, antes que este fosse enviado à Câmara dos Vereadores para ser votado em regime de urgência. O regime de urgência, aliás, era uma demanda dos professores, para evitar a enrolação na aprovação do plano, mas, até aí, ninguém tinha conhecimento de seu conteúdo.
Paes apresenta proposta aos vereadores da base aliada
Paes apresenta proposta aos vereadores da base aliada
  A proposta do governo foi enviada ao SEPE no dia 17/09 – mesmo dia em que foi enviada, em definitivo, à Câmara dos Vereadores. A base aliada do governo propôs algumas emendas, mas nem isso foi suficiente para frear a insatisfação dos professores. No dia 26/09 ocorreu a primeira tentativa de aprovação do PCCR, mas os professores decidiram ocupar o Palácio Pedro Ernesto, mostrando para o poder Legislativo que aquela proposta não era de seu interesse. Não vou nem entrar no debate sobre a truculência do governo na desocupação da Câmara (30/09) e sobre a aprovação desse plano sob estado sítio (01/10). Vou apenas mostrar o porquê esse plano contribui, ainda mais, para a precarização das condições de trabalho dos educadores.
Cinelândia sitiada, na aprovação do plano.
Cinelândia sitiada, na aprovação do plano.
  Um dos pontos de discordância entre professores e governo – que foi bastante veiculado pela mídia – se refere ao fato de que o plano só atende aos professores que trabalham em regime de 40 horas semanais, o que representa apenas 7% da categoria. Os demais professores – que trabalham em regimes de 16h, 22,5h e 30h semanais – ficaram de fora dos “benefícios” (?!) oferecidos pelo plano. O governo disse que permitirá que alguns professores da rede migrem para o regime de 40h, mas nem todos poderão fazê-lo, pois muitos professores possuem duas matrículas e porque alguns professores já estão próximos da data de aposentadoria (o que impede a mudança de regime de trabalho). Além disso, o governo não definiu critérios para escolher quais professores poderão mudar de regime de trabalho. Mas a coisa não para por aí, ao contrário do que tem sido dito. No artigo 4º, que define quem são professores de ensino fundamental, lê-se o seguinte:
“II – Professor de Ensino Fundamental – PEF – para o exercício de atividades docentes em turmas da Educação Infantil ao nono ano do Ensino Fundamental, criado nos termos desta Lei.”
  Ou seja, todos os professores que possuem licenciatura plena são jogados nessa categoria generalista “PEF”. Não há definição em relação às disciplinas ou em relação ao nível de atuação desses profissionais. Não fica claro quem vai atuar no 1º segmento (turmas de 1º ao 5º ano, quando ocorre a alfabetização, por exemplo) ou quem vai atuar no 2º segmento (turmas de 6º ano 9º ano). Isso permite que todos os professores da rede atuem em qualquer nível da escolarização ou em qualquer disciplina, institucionalizando a prática do professor polivalente – que já vem ocorrendo na rede municipal, através de projetos de aceleração de aprendizagem. São projetos que a prefeitura compra da Fundação Roberto Marinho, do Instituto Ayrton Senna, da Fundação Itaú Social… Em entrevistas, o prefeito argumentou que ninguém será obrigado a atuar como professor polivalente, mas e quanto aos alunos? Será que é justo que um aluno seja alfabetizado por um professor de Matemática? Será que é justo ter aulas de Ciências com professores de História? Além disso, o que garante que ninguém será obrigado a atuar dessa forma, se o plano é omisso? Nesse mesmo artigo, também está prevista a criação do cargo de professor de ensino religioso, mas isso não foi discutido, em nenhum momento, com a categoria. Por que incluíram isso no plano?
  Na rede federal, por exemplo, todos os professores ficam no mesmo cargo “Docente da Educação Básica, Técnica e Tecnológica”. Mas a atuação de cada um deles é especificada, de acordo com sua formação. Assim, temos: Docente EBTT – História; Docente EBTT – Matemática ou Docente EBTT – 1o Segmento; etc.
  O plano também tratou da progressão por tempo de serviço, estabelecendo o seguinte, no artigo 11º:
“I – Nível 1: de 0 a 5 anos;
II – Nível 2: mais de 5 até 8 anos;
III – Nível 3: mais de 8 até 10 anos;
IV – Nível 4: mais de 10 até 15 anos;
V – Nível 5: mais de 15 até 20 anos;
VI – Nível 6: mais de 20 até 25 anos;
VII – Nível 7: mais de 25 anos.”
  No plano da prefeitura, a progressão se restringe a sete níveis, que só podem ser vencidos após muitos anos de atuação. Enquanto isso, o salário dos professores permanece praticamente o mesmo. Os triênios não representam avanços de nível e correspondem, na média, a menos de 10% de aumento salarial. A diferença salarial entre os níveis da carreira são ínfimos, assim como as gratificações por titulação (a diferença entre mestrado e doutorado não chega a 100 reais). Além disso, não existe a garantia de que todos os professores que possuem títulos poderão receber a gratificação correspondente, já que o artigo 17º diz que o enquadramento se dará “a partir de critérios e número de vagas a serem estabelecidos pelo Poder Executivo, de acordo com os valores constantes na tabela do Anexo III desta Lei, que não serão cumulativos.” Ou seja, a concessão de gratificações por titulação não é automática para todo mundo, ficando restrita a um percentual máximo do universo de professores que são 40h. Isso já é péssimo, porque cria distinções salariais entre pessoas com a mesma formação, mas ainda assim, o plano não define quais são os critérios de escolha daqueles que receberão o benefício, jogando para o Executivo esse poder.
  É verdade que o plano equipara o valor da hora/aula de todos os professores com o mesmo nível de formação. Assim, mesmo aqueles professores que permanecerem nos regimes de 16h, 22,5h ou 30h semanais receberão um salário proporcional ao que é pago aos professores que trabalham 40h. Mas e os outros “benefícios” (?!) oferecidos pelo plano? Como será a progressão desses profissionais? E as gratificações por titulação? Mais diferenciações na carreira…
 As emendas apresentadas pelos vereadores da base aliada se concentraram, principalmente, na correção de valores. De acordo com a tabela abaixo, um professor com licenciatura plena em início de carreira ganharia pouco mais de 4.000 reais. É um salário razoável, se comparado a outros profissionais de nível superior em início de carreira? Sim, mas há que se considerar algumas questões. Em primeiro lugar, deve-se ter em mente que os ganhos oferecidos pela progressão por tempo de serviço, por titulação e por triênios são pífios! Isso faz com que o salário seja achatado, ao longo da carreira. Isso significa que um professor que já está para se aposentar ganha um salário não muito maior do que um professor que acabou de entrar na rede. Ou seja, o salário não aumenta, assim como pode ocorrer com outros profissionais de nível superior. O plano oferece a possibilidade para que um professor ganhe em torno de 9.000 reais, mas, para isso, ele terá que ter mestrado, doutorado, pós-doutorado e terá que trabalhar 30 anos!!! Fora do magistério, um profissional com esse nível de formação e com esse tempo de serviço, certamente ganharia muito mais. Mas também não são todos os professores que terão direito a esse aumento, já que, como vimos, a concessão da gratificação por titulação será restrita a um número de vagas não especificado no plano.
Tabela de vencimentos dos professores do Rio de Janeiro, antes e depois das emendas propostas pelos vereadores da base aliada.
Tabela de vencimentos dos professores do Rio de Janeiro, antes e depois das emendas propostas pelos vereadores da base aliada.
  Comparando esse PCCR, com a carreira da rede federal, percebemos o quanto a prefeitura não investe em valorização profissional. Em primeiro lugar, na rede federal, a carreira é dividida em 12 níveis (5 a mais do que na rede municipal) e a progressão é feita de dois em dois anos. Além disso, caso um professor tenha mestrado ou doutorado, ele pode avançar alguns níveis na carreira, sem contar com a gratificação por titulação. Portanto, a rede federal oferece a possibilidade de progressão por tempo de serviço e por formação. Assim, um professor em início de carreira na rede federal, que trabalhe em regime de 40h/DE, e que não tenha mestrado ou doutorado, ganharia algo em torno de 3.600 reais. É pouco, mas, caso ele faça mestrado, seu salário pularia imediatamente para mais de 5.400 reais, contando apenas a gratificação pelo título – ou seja, sem contar com os avanços de nível. Caso o professor faça doutorado, seu salário pularia, automaticamente, para mais de 8.000 reais – também sem contar com os avanços de nível. No fim de carreira, um professor com doutorado ganha pouco mais de 13.400 reais. Ao contrário do que ocorre na rede municipal, na rede federal, a gratificação por titulação é automática e não fica restrita a um percentual máximo dentro do universo de professores. Vale lembrar que, na rede municipal, os professores que trabalham em regime de 40h (com ou sem a dedicação exclusiva) são obrigados a dar 32 tempos de aula por semana – o que, na prática, significa uma dedicação exclusiva forçada, já que, com tantos tempos de aula, é difícil ter outros empregos. Mas, apesar disso, a prefeitura não paga a gratificação por dedicação exclusiva, mesmo quando a exige formalmente nos concursos. Na rede federal, além de haver um esforço para que todos os professores tenham dedicação exclusiva, o regime de trabalho de 40h/DE significa uma carga horária máxima de 24 tempos em sala de aula.
Tabela de vencimentos da rede federal - progressão por qualificação e por tempo de serviço
Tabela de vencimentos da rede federal – progressão por qualificação e por tempo de serviço
  Diante de tudo isso, é inacreditável que o governo e a mídia continuem classificando os professores como intransigentes, mas foi o próprio prefeito que disse que não vai mais negociar com o sindicato. Enquanto isso, os vereadores da base aliada simplesmente ignoraram as vozes de milhares de profissionais da educação, que gritavam contra esse plano e que não se calaram nem diante da repressão policial, nem diante das ameças de represálias feitas pelo governo. Quanto às outras reivindicações do início da greve, nada se fala.
  A educação pública deve ser encarada como uma questão de todos, pois se a rede pública oferecesse serviços de qualidade, não seria necessário que muitas famílias brasileiras comprometessem parte significativa de seu orçamento pagando escolas privadas. É por isso que, nesse momento, o apoio de toda a sociedade é fundamental. Tome partido! Posicione-se publicamente em favor dos professores. Vamos juntos lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade. Venha prestar sua homenagem aos professores no dia 15 de Outubro, às 17h, na Candelária. Vamos lutar juntos pelo que é nosso!

Outros textos do Blog Capitalismo em desencanto sobre a educação pública do Rio de Janeiro: